A Cirurgia

CONHECENDO A CIRURGIA

A cirurgia de obesidade é indicada quando o tratamento clínico apresenta falha ou quando o paciente apresenta recidivas freqüentes e seu excesso de...


BENEFÍCIOS DA CIRURGIA

Perder peso é talvez o tratamento mais poderoso que temos na medicina hoje em dia, melhora a qualidade e prolonga a vida. Não existe nenhum tratamento que possa causar tanta diferença na vida de uma pessoa como perder peso.

Com a perda de peso conseguimos (cura relativa) a melhora das doenças associadas.


A perda de peso gerou depressão em 85% dos pacientes avaliados em nosso serviço, antes da cirurgia. Com a perda de apenas 20% do excesso de peso esse indice caiu para 22%, comprovando que o resgate da auto-estima está diretamente associado a imagem corporal.


Todos nós queremos viver uma vida longa e plena, a obesidade está claramente associada a redução da expectativa de vida e também da qualidade, principalmente pelas doenças que a mesma acarreta. Algumas razões para emagrecer:

  • Cruzar as pernas;
  • Passar na roleta do ônibus;
  • Andar mais de 20 minutos sem me sentir cansado;
  • Jogar bola com seu filho;
  • Vestir um jeans 42;
  • Deixar de ser ponto de referência;
  • Melhorar minha auto-estima;
  • Não ter vergonha de encontrar velhos amigos da escola;
  • Melhorar minha saúde;
  • Entrar e sair do carro sem problemas;
  • Deixar de ser discriminado no trabalho;
  • Poder fazer aquele concurso dos meus sonhos;
  • Comprar a roupa que eu quiser;
  • Caber na cadeira do avião ou do dentista;
  • Pular de pára-quedas;
  • Dançar melhor;
  • Escalar montanhas;
  • Limpar-me após ir ao banheiro;
  • Vestir minhas meias sem ajuda;
  • Sentar no chão de pernas cruzadas;


RISCOS DA CIRURGIA

É preciso considerar que toda cirurgia tem risco e a de obesidade não é diferente. Sempre que consideramos realizar um procedimento cirúrgico é preciso avaliar os riscos e os benefícios deste procedimento. O risco de morte de uma cirurgia de obesidade é o mesmo de qualquer operação de grande porte: em torno de 0,5%, (um óbito a cada 200 cirurgias). O risco existe e deve ser considerado.

Por vezes a mortalidade é precedida de re-operações com longos períodos de internação na UTI (unidade de terapia intensiva), o que gera sofrimento e pesar para todos.

Apesar de alertarmos para esta possibilidade observamos que diante de uma complicação raro é o paciente ou familiar que entende e está pronto para enfrentá-la, por isso a decisão de realizar a cirurgia deve ser feita de maneira ponderada, pensada e em acordo com todos os membros da família, que devem estar cientes dos riscos de mortalidade e complicações.

A cirurgia de obesidade não é um procedimento estético, ela tem como objetivo tratar uma doença e reduzir a mortalidade em razão das comorbidades associadas.

Estatisticamente o índice de mortalidade entre os NÃO OPERADOS foi 1420% maior que o índice de mortalidade ocorrido em nossa série.

As principais causas de mortalidade são:
  • Deiscência - Abertura de um ponto nas suturas do estômago ou intestino, levando à saída de líquido para a cavidade abdominal, causando peritonite e septicemia (infecção generalizada). Isto pode levar o paciente a uma nova cirurgia, para reparar esta abertura, mas mesmo assim pode causar a morte.
  • Embolia pulmonar (sangue coagulado nos pulmões) - "Entupimento" de uma ou várias artérias que irrigam o pulmão e que, algumas vezes, podem levar o paciente à morte por insuficiência respiratória.
  • Outras causas (menos comuns): insuficiência respiratória, infarto do miocárdio, insuficiência renal e hemorragias também podem levar o paciente à morte.
Nossa equipe entende que a cirurgia é um procedimento que deve ser bem indicado.  Por isso, parentes, familiares e pacientes devem participar do processo desde o início, informando-se durante as consultas e as palestras que disponibilizamos. 


QUANDO E PORQUE OPERAR?

Conforme os preceitos médicos, a indicação cirúrgica deve ser decidida sob a análise de três critérios: IMC, idade e tempo da doença.
Em relação ao índice de massa corpórea (IMC):
  • IMC acima de 40 kg/m² , independentemente da presença de comorbidades.
  • IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.
  • IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença. É também obrigatória a constatação de “intratabilidade clínica da obesidade” por um endocrinologista.
Em relação à idade

Abaixo de 16 anos:
Exceto em caso de síndrome genética, quando a indicação é unânime, o Consenso Bariátrico recomenda que, nessa faixa etária, os riscos sejam avaliados por cirurgião e equipe multidisciplinar. A operação deve ser consentida pela família ou responsável legal e estes devem acompanhar o paciente no período de recuperação.

Entre 16 e 18 anos:
Sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar. Entre 18 e 65 anos:
Sem restrições quanto à idade.

Acima de 65 anos:
Avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento.

Em relação ao tempo da doença
Apresentar IMC e comorbidades em faixa de risco há pelo menos dois anos e ter realizado tratamentos convencionais prévios. Além disso, ter tido insucesso ou recidiva do peso, verificados por meio de dados colhidos do histórico clínico do paciente.